Primórdios
Inicialmente, os habitantes do Quersoneso Táurico e do Bósforo Cimeriano viviam como tantos outros povos dispersos, sem leis e sem senhores, sem constituir um Estado. Por volta de 610 a.C., os citas afastaram os cimérios do seu país, os quais retornaram alguns anos depois. É provável que neste retorno começaram a desenvolver uma espécie de reino. A história deste reino não é bem conhecida antes do V século a.C. Quando da fundação das cidades gregas, os contatos com as tribos nativas são pacíficos, permitindo o rápido desenvolvimento das relações destas novas cidades com o resto do mundo grego.
Artefato cita retratando dois arqueiros citas proveniente de Panticapeu, atual Kerch, Ucrânia. |
As cidades são, em seguida, intimidadas no final do século VI a.C. pela expedição do rei persa Dario I, o Grande (522- 486 a.C.), para combater os citas. Então, no início do século V, várias poleis (cidades-estados) da região do Bósforo Cimério se reúnem sob o domínio da dinastia dos Arqueanáctidas . Especialistas supõem que a pressão exercida pelos citas é a causa dessa nova configuração política.
![]() |
Campanha de Dario, o Grande, contra os citas |
Os Arqueanáctidas
Segundo Fernando Patxot y Ferrer (1812-1859) em sua obra clássica Los Héroes y las Grandezas de la Tierra, após o retorno dos cimérios, houveram reis que governaram a terra por 150 anos. Eram chamados de Arqueanáctidas, pois descendiam de Arqueanax, o primeiro rei do Bósforo Cimério. Porém os reis arqueanáctidas conhecidos somam um governo de apenas 42 anos.
Depreende-se de Diodoro da Sicília (60-30 a.C.) em sua Bibliotheca Historica (XII. 31.1), que a localidade foi governada entre 480 e 438 a.C. pelos Arqueanáctidas, provavelmente uma família dominante, que deu lugar ao tirano Espártoco (438 - 431 a.C.), tido como de origem trácia (mas seu nome é de origem iraniana, como os citas, e não trácia). Ele fundou uma dinastia que perdurou até c. 110.
Guerreiros cimérios |
Os Espartócidas
Os Espartócidas deixaram muitas inscrições que indicam que os membros mais antigos da casa governaram como arcontes das cidades gregas e reis de várias tribos nativas, notadamente os sindos e outros ramos dos meotas. Infelizmente, os textos, inscrições e moedas não fornecem material suficiente para maior compreensão do governo desses monarcas.
Guerreiro sindo representado em estátua encontrada na península de Talman. Museu de Arqueologia de Kerch, Ucrânia |
Os sucessores de Espártoco unificaram a região incorporando as cidades gregas. Fizeram de Panticapeu a capital do reino. Daí podem controlar a importante passem entre o Ponto Euxino (Mar Negro) e o Lago Meótida (Mar de Azov). Isso chama a atenção dos gregos que começam a enviar embaixadores ao novo reino. O comércio se intensificou: As exportações do reino do Bósforo são baseadas principalmente no trigo e em peixes. As importações são de cerâmica, vinho, óleo e metal. O reino se expande sobre os povos não-gregos como os meotas e toreatas e procura também agregar as cidades helênicas: Sátiro I (431-387 a.C.) incorporou a cidade de Ninfeu a seus domínios, mas em vão sitiou a cidade de Teodósia, uma grande rival comercial com um porto natural livre de gelo durante todo o ano e ao lado dos campos cultiváveis da Crimeia.
FONTES:Pnalto de Chatyr Dag na Crimeia, a antiga terra do reino do Bósforo |
http://ukrmap.su/en-wh6/1118.html http://es.wikipedia.org/wiki/Sindos http://fr.wikipedia.org/wiki/Royaume_du_Bosphore http://en.wikipedia.org/wiki/Bosporan_Kingdom http://es.wikipedia.org/wiki/Reino_del_B%C3%B3sforo
Nenhum comentário:
Postar um comentário